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Você sabia
que o carnaval teve origem possivelmente em festas que existiam na Antiguidade,
no período próximo ao equinócio da primavera com rituais aos deuses. Todas as festas
consistiam na troca de papeis com os escravos colocando-se nos locais de seus
senhores, e estes colocando-se no papel de escravos. Em Roma havia a Saturnália e a Lupercália. A
primeira ocorria no solstício de inverno, em dezembro, e a segunda, em
fevereiro, que seria o mês das divindades infernais, mas também das
purificações. Tais festas duravam dias, com comidas, bebidas e danças.
A
mesma ideia das festas da Antiguidade estavam presentes no carnaval da Europa
na Idade Média e Moderna: o mundo de cabeça para baixo.
Houve a partir do seculo XVI
iniciativas de se controlar essas festas populares. Tal iniciativa foi uma
reação aos conflitos religiosos que estavam presentes naquele periodo.
No Brasil uma
antiga brincadeira carnavalesca trazida pelos colonizadores prougueses chamada
Entrudo, nela as pessoas saíam às ruas sujando umas às outras jogando lama,
urina etc.
Era no tempo em que
ao carnaval se chamava entrudo, o tempo em que em vez das
máscaras brilhavam os limões de cheiro, as caçarolas d’água, os banhos, e
várias graças que foram substituídas por outras, não sei se melhores se piores.
Um dia de entrudo, Machado de Assis¹
O Entrudo, do
latim introitu (introdução) é sinônimo de carnaval e, no
Brasil, sua designação refere-se ao período que introduz a Quaresma (do latim
quadragésima), data cristã que é utilizada para designar o período de
quarenta dias que antecedem à Páscoa e que começa na Quarta-feira de Cinzas e
termina no Domingo de Ramos. O Entrudo acontecia nos três dias anteriores
à Quarta-feira de Cinzas. O entrudo foi proibido em 1841, mas continuou até
meados do século XX. Leia um trecho do decreto abaixo:
ENTRUDO E MASCARAS
Extracto do regulamento de 2 de
fevereiro de 1858
He expressamente prohibido o jogo de
entrudo com água, limas de cheiro, lama, fructas podres e outro qualquer
objecto.
Os mascaras não podem usar de caracter
alusivo à religião ou pessoas designadas.
Os escravos não podem usar de mascaras.
As armas dos mascaras serão de papelão
ou madeira frágil.
Os mascaras por occasião do carnaval só
podem transitar pelas ruas até as 8 horas da noite.
Não se permitte fazer perguntas ou
travar conversações com o s mascaras, que não sejam decentes: assim como o
procurar descobrir o segredo dos mascaras.
Serão punidos os mascaras que
praticarem actos indecentes ou provocarem rixas.
No inicio do
seculo XIX começaram a se formar as “Sociedades carnavalescas que rejeitavam o
“enrudo” consideradobrincadira rud e de mau gosto. Começou-se então a copiar o
carnaval realizado em Paris os Bals Masqués franceses.
Nesse periodo a eleite
desfilava pelas ruas deslocando-se das sociedades para os locais de bailes em
uma carruagem e deois nos automoveis. pessoas lançavam serpentinas e confetes
nos outros carros, brincadeira bem mais simpática que o grosseiro entrudo.
Quer saber mais? Clique nos endereços abaixo:
Fonte: GASPAR, Lúcia. Entrudo. Pesquisa Escolar Online,
Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>. Acesso em11 de
fevereiro de 2020
Fonte: SILVA, Daniel Neves. "História do Carnaval no
Brasil"; Brasil Escola. Disponível em:
Acesso em 11 de fevereiro de 2020.
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